Ansioso e sem sono
Procuro-te sem parar
No silêncio da noite
Teu grito eu quero ouvir
Não vejo luz
Nem mesmo o teu olhar
Pois a lua escondeu-se
As estrelas pararam de cintilar
Não contemplo vultos
Porque á minha volta
Tudo são sombras imóveis
Deito-me tarde esperando por ti
Altas horas a calmaria me assusta
Sons sussurros, melancolia
Sinto-me velho em corpo cansado
Já não há ilusões, nem esperanças
Sonharei outra vez ao adormecer?
O quê? Com quem? Porquê?
Não entendo mais nada
Prefiro não entender para não chorar
È tudo demasiado complexo
Ou tão simples, que dificulta
As respostas cintilam no silêncio
Preciso apagar as estrelas que restam
Tentar renascer, nunca esquecer
Lembrar teus gritos e tuas gargalhadas
Olhar teus olhos repletos de amor
Tua boca sequiosa dos meus beijos
Sentir teu corpo fervendo de desejo
Escutar teus gemidos, beijar teus seios
Sugar teus mamilos, sentir teu cheiro
O calor do teu vulcão sempre pronto
Jurando a lava do amor, com sabor a desejo
Pedindo mais, onde o controlo já não existe
Gritando o meu nome, vivendo o impensável
E num momento de raiva a explosão do prazer
O grito, o desejo, a vontade de não terminar
A esperança de um dia ser realidade
E na moleza do final olho para dentro
Volto á realidade, sinto a verdade
Vejo o invisível, penso no impensável
E abrindo os olhos tudo não passa
Do ciberespaço, da realidade virtual
De um quadrado de luz, de um teclado gasto
Pelo bater dos dedos ritmados sem controlo
Até quando a nossa vida se projecta nesta tela
A nossa liberdade é envolvida pelo medo
O nosso amor não passa de um segredo
Os nossos corpos serão escravos desta máquina
Que nos colocou frente a frente, mas nos controla
E nos prende, nos droga, nos habitua, nos mata.
Um beijo desta maquina que te ama.
Romântico 100 rosto